Bem vindo! De maneira a tornar mais atraente o conteúdo e qualidade dos trabalhos, o artista renovou o site  dando-lhe um cariz mais pessoal, como se de um diário se tratasse. Assim, estudos, ideias, dicas e maneiras de ver, são os principais objectivos deste novo projecto com centenas de fotografias de desenhos, aguarelas e óleos.

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Linhas de contorno cruzado

As linhas de contorno cruzado, são como o nome indica linhas que contornam o modelo à sua volta cruzando-se entre si. Estas linhas, de apoio na percepção da forma, são a par das linhas de contorno, uma fórmula de modelação do objecto.
  

Desenho de contorno longo

O desenho de contorno é um trabalho de paciência, mas de vital importância para quem quer desenhar bem. Depois da experiência do desenho de contorno numa única sessão, pode partir para uma experiência ainda mais exigente, o desenho de contorno longo.

  

Escala de tonalidades

A escala de tonalidades é o número de tons possíveis do cinzento mais claro ao mais escuro.


As fases do desenho

O desenho de um objecto pode ser fragmentado por fases (esboço, estudo e desenho final). Elas processam-se por etapas até ao desenho final. No entanto, cada um dos métodos de desenho tem vida própria. Para compreender melhor cada uma das fases, a prática é a melhor forma de aprendizagem.

  

Copiar uma fotografia para a tela

Para desenhar com mais nitidez os contornos do modelo, deve prender bem o vegetal ou o acetato à fotografia. No vegetal desenhe com um lápis 2B bem afiado, na folha de acetato precisa de uma caneta apropriada.

Proporcionar com a quadrícula

Esta técnica permite aumentar ou reduzir um desenho para a tela, a partir de uma fotografia.

Para evitar marcar o original use uma fotocópia ou desenhe os contornos do objecto(s) num acetato. Desenhe por cima a grelha obtendo um determinado número de quadrados.

Fixar o desenho

O fixador (spray) usado na técnica do desenho (grafite, carvão e pastel) é uma solução muito fraca que fixa o pigmento ao papel de modo a poder ser manipulado com mais liberdade.

Encaixar o modelo

Depois de tirar as medidas com o lápis, passe para o papel todas as referências sobre a largura e altura do modelo (a largura é igual a metade da altura).

Proporcionar com o lápis

Para aumentar ou reduzir as dimensões do modelo mantendo a sua proporção, precisa de recorrer a sistemas práticos de medição. Os mais comuns na técnica do desenho são a medição através do lápis e da quadrícula.

A percepção dos tons cinzentos

As tonalidades possíveis com os vários lápis de grafite são imensas. Se carregar com a mesma intensidade cada um dos lápis de grafite (1B ao 8B) obtém um tom diferente em cada um deles.



Usar o pano e borracha no carvão

O pano e a borracha servem para apagar o carvão. No entanto estes permitem obter efeitos curiosos. O carvão permite criar traços e manchas de efeito expressivo mas está limitado no plano tonal.

As tonalidades conseguidas pela grafite são difíceis de conseguir com o carvão. A escala tonal é mais curta, mesmo utilizando diferentes graduações de carvão. 

As qualidades do lápis de grafite

São várias as potencialidades do lápis de grafite no desenho artístico. As suas qualidades variam conforme a superfície utilizada. Um bom lápis e um papel de qualidade, só por si, não chegam para obter um desenho expressivo.
  

Esbater o carvão com os dedos

Esbater o carvão consiste em espalhar e suavizar o pigmento de forma a criar manchas de tom uniforme.

O processo é simples. Concentre uma quantidade de carvão (linha ou mancha) na superfície do papel. Depois, puxe o carvão com um ou mais dedos.
  

Apagar o carvão

Pode limpar o carvão da superfície do papel ou da tela, com uma borracha ou com um pano limpo. No entanto, se desenhar numa superfície rugosa e pressionar o carvão, torna-se difícil eliminar todo o pigmento, visto uma parte deste ficar depositada nos interstícios do grão do papel.

  

O carvão e a textura do papel

Existem no mercado uma grande variedade de papéis para desenhar a carvão. Embora o papel liso não seja o mais indicado nada impede de o utilizar. O resultado é obviamente diferente que o aspecto oferecido pelo papel mais granulado.

 

As qualidades do carvão

São várias as potencialidades do carvão no desenho artístico. O galho e o lápis têm na família dos carvões características diferentes, no entanto, o seu carácter distingue-os de qualquer outro material na técnica do desenho. As suas qualidades variam conforme a superfície utilizada.

 

Desenhar com carvão na tela

É fácil desenhar com o pau de carvão na tela. A rugosidade da superfície é excelente para reter grandes quantidades de pigmento. Use um pano para corrigir o desenho. Depois de desenhar os primeiros traços percebe como o carvão se comporta na tela.

  

Desenhar com a barra de carvão

O carvão é o material de desenho que permite ao artista expressar-se livremente, revelando a cada passo novas capacidades, em resultado da sua característica macia e instável.  

Valorizar os diferentes planos

Valorizar os diferentes planos na estrutura melhoram o aspecto do desenho, dão um efeito dinâmico ao conjunto e enriquecem os valores tonais dos elementos.  

Desenhar uma esfera

O desenho da esfera ou bola polida é comum na percepção da luz e sombra. A sua forma arredondada permite que a luz circule à sua volta e não quebre como no caso de um objecto quadrado.


  

Sombras projectadas da bola

A sombra projectada da bola segue os mesmos princípios da caixa, só que neste caso a bola é um objecto redondo, logo permite que mais luz passe por baixo e toque na sua superfície inferior.


  

Sombras projectadas do cubo

A luz incide num cubo, sobre a mesa, e projecta uma sombra com a configuração do mesmo. O tamanho da sombra depende da distância e inclinação do sol. Quanto mais distante mais pequena é a sombra e vice-versa.

A luz no pano

Quando a luz incide directamente num pano com dobras a quantidade de luz existente na base e nos topos é idêntica.

No entanto, a base rodeada de sombras (originadas pelas dobras) parece ser mais branca que os topos das dobras. Na realidade, a base está mais afastada e, naturalmente, deve escurecê-la mais. 

A luz nas superfícies polidas

Quando a luz incide numa superfície polida, cria um ponto de brilho forte e isolado. Para o observador, o ponto brilhante parece não estar na superfície da esfera.

Se desenhar esse brilho intenso como o vê, com um tom esbranquiçado, levanta essa parte da superfície do nível do resto, destruindo e deformando a construção da forma.

Luz e sombra I

Quando a luz incide num objecto, ilumina a parte exposta à luz e, origina uma sombra na parte de trás. Na realidade, nesta parte a sombra é a ausência de luz.

No desenho, luz e sombra são auxiliares importantes na compreensão da forma dum objecto.

Desenhar à volta dos objectos

Este método permite ver e desenhar os objectos nos vários ângulos. A partir destes estudos vê e percebe as linhas de contorno dos objectos semi-ocultos como se fossem transparentes. Quando desenhar, faça-o com sentimento, interesse e curiosidade.

 

Desenhar objectos transparentes

Para entender correctamente as formas sobrepostas precisa de as ver e desenhar como se fossem transparentes, apagando posteriormente as linhas desnecessárias. Só com a prática poderá mais tarde prescindir deste método. 

Desenhar círculos em perspectiva

A inclinação do cubo, origina diferentes perspectivas e os círculos desenhados nele seguem o mesmo princípio, convergem para o lado mais afastado do cubo. Próximo do observador, o círculo tem um aspecto mais largo e mais estreito, na parte mais afastada.

No desenho artístico, deve fazer os círculos à vista sem recurso às “caixas”. Desenhe círculos tantas vezes quantos forem necessários até fazê-los correctamente.
 

Desenhar um círculo

Desenhar um círculo é muito simples. Faça-o com um único movimento, regular (nem lento nem depressa) e sem quebras. Com a prática, desenhará círculos coerentes.

Quando desenhar círculos simples ou em perspectiva, faça-o à vista, corrigindo-os até conseguir um círculo quase perfeito.

Perspectiva aérea

Na perspectiva aérea, o observador olha o objecto de cima, vendo as linhas a convergirem em três direcções diferentes e, encontrando-se algures em três pontos de fuga (PF) diferentes.

Dois pontos de fuga ficam situados na linha do horizonte (LH), o ponto de fuga inferior está situado na linha do observador (PV, ponto de vista) e é na maior parte das vezes um ponto fictício.

Perspectiva oblíqua

Na perspectiva oblíqua, o objecto está de lado e as suas linhas convergem em dois pontos de fuga (PF), situados na linha do horizonte (LH). A linha vertical, ponto de vista (PV) é a posição do observador.


Perspectiva paralela

Na perspectiva paralela o observador está de frente para o objecto, com o ponto de visão (PV) à sua frente, na linha do horizonte (LH). Um dos lados do objecto está paralelo a esta linha. Existe só um ponto de fuga (PF).


Desenhar cubos transparentes

Desenhar cubos transparentes em perspectiva ajuda a ver e a compreender correctamente a sua forma. Nestes estudos o mais importante é perceber o tamanho de cada um dos lados, que distância e profundidade deve dar entre as linhas.
  

Desenhar com régua e esquadro

A régua e o esquadro são dois instrumentos essenciais no desenho técnico e artístico. Usam-se frequentemente para desenhar quadrículas para proporcionar um desenho ou uma fotografia. Bem manejados poupam tempo e evita que se cometa erros comuns quando se desenha as quadrículas só com a régua.

 

Desenhar pontos de fuga distantes

Para fazer um desenho com pontos de fuga fora do papel, necessita de uma prancheta de tamanho razoável de maneira a poder prender os pioneses distantes um do outro. Prenda a folha com fita autocolante e pressione os pioneses nos pontos de fuga.

Encoste a estes, uma régua comprida e desloque-a para desenhar as linhas necessárias.
 

Pontos de fuga

São um ou mais pontos para onde convergem todas as linhas. Estão situados na linha do horizonte e permitem representar a profundidade do objecto em diferentes dimensões. O efeito tridimensional no objecto muda conforme a posição do observador.


Encaixar mentalmente

A “caixa”são linhas que delimitam o espaço que o modelo ocupa na folha de papel e resulta do cálculo mental de dimensões. Quando mede mentalmente a largura dum modelo, compara essa distância com a sua altura, na totalidade (se o objecto for quadrado) ou em partes (duas partes, ou mais).

As “caixas” simplificam a leitura duma forma, quadrada, rectangular, oval, etc.

A linha do horizonte

A linha do horizonte, visível (linha do mar) ou aparente, está sempre situada à altura dos olhos, qualquer que seja a posição (sentado ou em pé) em que se encontre.

Limpar os excessos de pigmento

Para limpando os excessos de grafite com a borracha deve sobrepor sobre o desenho uma folha de papel limpa.Una o limite da folha com a linha de contorno e com a ponta dos dedos pressione-a. Primeiro, apague os excessos de pigmento com a borracha junto à linha e depois à volta do desenho.

Esfumar com esfuminhos

O esfuminho permite um esfumado uniforme de aspecto agradável à vista.
Quando esbater a grafite, rode gradualmente o esfuminho para usar as partes limpas do bico. Depois de sujo, afie o esfuminho.

Traços expressivos

Estes traços são vulgarmente usados nos esboços rápidos e descomprometidos. Pode desenhá-los pegando no lápis das duas maneiras conhecidas, embora neste caso, pegando-o pela ponta dos dedos, permitirá uma maior maleabilidade.
  

Esbater a grafite com os dedos

Um dos meios mais vulgares para esbater a grafite é com os dedos. São várias as zonas dos dedos utilizadas para esbater ou suavizar uma mancha. A parte do dedo mais utilizada é a polpa. A parte lateral do dedo é mais utilizada nos pormenores.

  

Pegar no lápis

Diferentes formas de pegar no lápis dão igualmente diferentes resultados. Pode desenhar com o lápis de duas formas diferentes: pegando no lápis de maneira vulgar (como escreve) e na ponta dos dedos.
  

Traços a grafite

Na técnica do desenho pode desenhar uma grande variedade de traços a grafite. Estas marcas fundamentais  expressam a mancha, volume e textura dos objectos.
  

Esbatidos com lápis

Com traços em zig-zág pode criar um esbatido começando do tom mais escuro até ao tom mais claro de maneira gradual, por fases.